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terça-feira, 19 de julho de 2011

A pior catástrofe ambiental de São Paulo está em curso

A pior catástrofe ambiental de São Paulo está em curso: "

O que os olhos não vêem, o coração não sente. Porém, o ar de São Paulo deixou de ser transparente há muito tempo. Ele tem cor, cheiro, às vezes gosto e forma – que pode ser vista quando decolamos de avião da cidade. Hoje, ao vir para o Rio de Janeiro, fiquei triste ao ver o cobertor cinza sobre a minha cidade e, depois, comparar com o céu da metrópole vizinha.


Na minha opinião, essa é uma das piores catástrofes ambientais do país, embrulhada em um pacote bonito de pôr-do-sol avermelhado, que nos faz chorar de emoção com a vista embotada de pó e sujeira. Um repórter na TV, dia desses, exaltou o lindo fim de tarde, chamando as pessoas para saírem das suas casas e sentirem o clima, fazerem exercícios. Afe! Em seu momento de desserviço à pólis, esqueceu de pedir para trazerem os inaladores para a criançada e os idosos.


O melhor de tudo é que essa capa preta que encobre a cidade não é fruto de alguma entidade maligna que veio estabelecer o caos onde habitava a ordem, mas resultado de nossa ignorância acumulada – que comemora recordes de carros vendidos e fica besta de orgulhosa pelo fato de a capital ter quase um veículo a cada dois habitantes (e viva o ozônio em níveis estratosféricos!). Que reclama da falta de transporte público de qualidade, mas taxa de baderneiros e fanfarrões os manifestantes que resolvem se insurgir contra o aumento no preço da passagem de ônibus. Que diz que a cidade tem que encontrar meios alternativos de transporte mas, sempre que possível, acelera e não dá passagem para um ciclista.


Não temos a aplicação decente de uma política de compensação ambiental que considere o número de carros vendidos e reverta parte dos lucros dos impérios automobilísticos em recursos para o transporte público (lucros obtidos com a ajudinha de grandes subsídios públicos, diga-se de passagem). Afinal de contas, fala-se da geração de empregos com a produção industrial, mas não dos impactos silenciosos que vão ceifando vidas ao longo de anos. Ao mesmo tempo, temos uma altíssima taxas de enxofre no diesel, problema cuja solução já foi adiada diversas vezes por pressão de empresas de veículos, governos e produtoras/distribuidoras de combustível.


(Ah, mas você não está considerando os biocombustíveis, que vieram salvar o mundo da sanha poluidora do petróleo! Bem, o problema é que os impactos sociais e ambientais causados pela produção de etanol (cana) ou de biodiesel (soja, sebo de boi, girassol, mamona, pinhão-manso…) não são vistos e sentidos na capital paulista, mas sim a centenas ou milhares de quilômetros de distância, e vão do desmatamento ao trabalho escravo. Mas, aí, quem se importa, né?)


Em cidades de inverno rigoroso, há governos estrangeiros que decretam feriado quando neva muito. Em lugares escaldantes, ondas de calor muito intensas liberam os trabalhadores de seus afazeres. Com isso, resguardam a saúde de seus moradores. Os feriados religiosos fazem bem à alma dos que crêem em algo. Mas e uma pausa para o corpo? A instituição de um feriado em dias muito poluídos faria um bem enorme ao corpo dos mais de 11 milhões de moradores da cidade. Pois não é necessário acreditar no pó e em gases tóxicos, eles estão aí. Quem sabe a redução nos lucros, impostos e salários provocada por feriados forçados não mude a forma com a qual o setor empresarial, governo e sociedade encaram o problema?


A verdade é que nos acostumamos a viver dentro de um fumódromo, literalmente (quem vive em Sampa, traga o equivalente a três cigarros por dia). Quem vive em São Paulo mesmo sem consumir tabaco está mais sujeito a desenvolver câncer de pulmão do que moradores de cidades menos “desenvolvidas”.


Chamam de inversão térmica o maldito efeito que dificulta a dispersão de poluentes nessa época do ano. Os noticiários salpicam aqui e ali a inversão térmica, mas nada de falar sobre o nosso modo de vida e seu conseqüente modelo de desenvolvimento – verdadeiros réus pela nhaca. Carbono, enxofre, chumbo e uma sopa de produtos químicos expelidos principalmente por veículos. Eu sei, eu sei… isso gera empregos, roda a economia, é progresso! Mas se por um lado esse crescimento econômico dá a possibilidade de ter acesso a coisas que não tínhamos antes, por outro outro ele nos tira preciosos dias de nossa vida.


E não é a inspeção veicular que vai dar conta de resolver o problema. Vamos expulsar Fuscas, Brasílias, Variants, 147s, caminhões velhos de circulação (ou seja, eliminar o meio de locomoção da ralé), mas as propagandas que anunciam carros grandes e potentes, beberrões de gasolina e diesel na televisão continuarão povoando o imaginário e sendo adquiridos pelas classes abonadas.


O ritmo de destruição do meio foi acelerado para atender a consumidores, mas não a cidadãos. E vem cobrando um preço alto, cuja fatura será paga por aqueles que ainda são pequenos. A cidade está envolta em um bizarro chumaço escuro. É um modelo diferente de urbanidade que eu quero. Um em que não tenha que ficar angustiado por causa do pôr-do-sol estranhamente avermelhado. Trocar uma sociedade estritamente consumista, em que o “eu sou” se confunde com o que “eu tenho”, leva tempo. Talvez o meio ambiente não tenha esse tempo.

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sábado, 2 de julho de 2011

O Plano Nacional de Banda Larga é uma piada

O Plano Nacional de Banda Larga é uma piada: "

     A história não é nova e já vem se arrastando mais que novela importada do México pelo Sr. Abravanel. O tal Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) já foi alterado não sei quantas vezes e segundo o ministro Paulo Bernardo, parece que agora vai. Em uma entrevista, ele garantiu que em no máximo 90 dias, os planos começarão a ser vendidos.


     Quando o plano começou a ser discutido, alguns falavam em 256Kb e outros em 512Kb. Nem de longe isso é banda larga, concordam? O governo Dilma acabou ampliando a velocidade para 1Mb e fixou o valor em R$ 35,00 mensais. Porém, ontem ficamos sabendo que haverá um limite de 300MB de cota, ou seja, baixar arquivos e ver streaming, nem pensar.


     Se você parar pra pensar que existem empresas que oferecem muito mais que isso, por um preço um pouco maior, como o GVT 15Mb por R$ 79,90, a proposta do governo é descabida. Tanto a TIM, como a CLARO, tem planos 3G com os mesmos 300MB de cota por R$ 15,00 e R$ 11,90, respectivamente. Porque o plano do governo custa três vezes isso e não consegue oferecer melhores condições pra um serviço fixo, que sofre muito menos oscilações que um móvel?



     A intenção do governo com o PNBL nunca foi concorrer com as empresas privadas, pelo contrário. Pra quem mora nas grandes capitais, o plano não faz o menor sentido. Porém, pra quem mora no interior e paga, por exemplo, R$ 89,90 por 128Kb de uma internet via rádio, a notícia é bem vinda. E acredite, quando comentei sobre isso no Twitter, teve muita gente que disse estar em situação similar.


     Não é raro a gente esbarrar numa notícia onde o governo cobra mais empenho das operadoras. Mas gente, o governo privatizou o setor, embolsou bilhões de reais, mas ainda continua como sócio, tendo em vista que cerca de 45% do que a gente paga na conta, volta pra eles na forma de impostos diversos. É muita coisa! E mais, se você pegar ae sua conta, vai ver que existe um imposto específico, que vai pra um fundo (Funttel) que, em tese, deveria, entre outras coisas, fomentar a universalização dos serviços de internet pelo Brasil. Porém, mesmo depois de 10 anos de cobrança do tal imposto, o dinheiro nunca tinha sido utilizado para essa finalidade.


     Num primeiro momento, não irão existir metas de qualidade. Pela entrevista do ministro, isso quase acabou inviabilizando os acordos iniciais. Porém, até o final de outubro, a Anatel deve estipular algo pra isso melhorar. Até lá, certamente as operadoras vão continuar mantendo aquela enorme garantia de 10% no contrato, ou seja, você contrata 1Mb, eles te entregam 100Kb e tá tudo beleza. Tá no contrato (como muitos ouvem quando ligam pra reclamar).


     Outra coisa que o plano deixou pro longo prazo foi a cobertura. As empresas tem até o final de 2014 pra cobrir 100% dos municípios brasileiros. Ou seja, muita gente ainda vai continuar sofrendo com a sua internet atual por uns bons anos.


     Eu sei que construir infra-estrutura, ainda mais num país de dimensões continentais como o Brasil, não é fácil, rápido e barato. Porém, pelo que o governo arrecado em tributos, certamente daria pra fornecer uma internet de melhor qualidade e não esse lixo de 1Mb com 300MB de quota a R$ 35,00. A ilustríssima presidentA Dilma e seus ministros Paulo Bernardo e Aloisio Mercadante deviam ter vergonha de anunciar tal plano. Como diria o nosso amigo Boris: isso é uma vergonha!

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barbosalacer: RT @BlogdoNoblat: Homem que teria denunciado extração ilegal de madeira é assassinado no Pará http://glo.bo/mRhaUO

barbosalacer: RT @BlogdoNoblat: Homem que teria denunciado extração ilegal de madeira é assassinado no Pará http://glo.bo/mRhaUO: "barbosalacer: RT @BlogdoNoblat: Homem que teria denunciado extração ilegal de madeira é assassinado no Pará http://glo.bo/mRhaUO"

Gilmar segura processo contra senador por trabalho escravo

Gilmar segura processo contra senador por trabalho escravo: "

O senador e a fazenda Ouro Verde, no Pará, onde trabalhavam 35 "escravos"


Extraído do Blog do Mello:



Gilmar Mendes, o Alienista no STF, segura há 8 meses processo contra senador por trabalho escravo



Ele já se considerou derrotado (e por conseguinte o STF) diante da decisão por goleada do Supremo Tribunal Federal que endossou decisão do presidente Lula de não permitir a extradição de Cesare Battisti para a Itália. Achou o que o STF saiu diminuído (é que ele se considera O STF).


Mas esse mesmo Gilmar Mendes impede que um senador seja julgado por trabalho escravo, Pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes há oito meses impede que Supremo decida se transforma em réu João Ribeiro (PR-TO).


Quando é para atacar o MST, o (…) ministro é o primeiro a se antecipar, julgar e condenar, mas quando se trata de grandes proprietários rurais acusados de trabalho escravo ele precisa estudar, e vai estudando, estudando…


Por isso, o ministro Gilmar está ameaçado de impeachment. Ele não percebe que o país mudou e que pessoas como ele são anacrônicas, desligadas do mundo em que vivem, e cada vez mais supérfluas e irrelevantes. É isso que mata Gilmar Bacamarte Mendes de raiva.



 

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